Água sempre.
De: José dos reis Santos.
(Poeta Procopense).
Quero água sem sal.
Beber este champanhe dos céus...
O sal de minhas lágrimas só de doces alegrias.
Sede saciada com água de chuva,
Nos rios, nos aqüíferos, sem lixos nos mananciais,
Normais, nas pias.
Quero o sal na água do cozimento.
Não como ungüentos nos delírios da sede.
Não quero temer o sol,
Sem sombras das folhas, ou bolhas nas peles ressequidas,
Desidratadas, mortas.
Vidas humanas sem guaridas...
Quero a fonte luminosa,
Esguichando cores, para o delírio das crianças do futuro.
Quero que eles corram seguros,
Que poderão se banhar, se saciar, nadar,
Molhar a grama em um domingo qualquer.
Eu queria que não nos perdêssemos,
No fogo da destruição do egoísmo.
Que não embebedássemos na sede da razão imediata.
Que fôssemos pessoas sensatas.
E, que a água fosse,
A magnânima e máxima graça,
Nos dado a cada dia...